domingo, 1 de maio de 2011
Elegia desconhecida
Madrugada muita fria ... que bom dela ser assim ,
Exalta as tristezas
Enroladas em vestes de frio, o arrepio ...
É a bela mulher lânguida ... que bom dela ser assim ,
Ressalta as naturezas
Maltratadas de "nortes" desnorteados , o assovio da tortura ...
Às suas costas as mãos podem ser como vento frio cadenciado ,
Não fere mas provoca .
Às suas costas as mãos podem ser acalento , um rio de movimento demorado ,
Não confere se prender , somente passa e invoca .
Invoca de forma invisível ,
Já nem se sabe se por sono ,
Ou se por sonho .
Convoca de forma incrível ,
Já nem se sabe se por sonho ,
Ou se por loucura .
Mistura-se uma neblina embaçada ,
Que deixa duas imagens quase que como uma só .
Corpo da mulher , noite , solidão ...
Insinua-se a noite como menina alada ,
Que as asas libertam sedução ... morada .
Não sei se é a noite , a mulher ou o frio .
Sei que todos vivem .
(Eber Vasconcelos)
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